ANTONIO MATTOS AZEREDO, UM GRANDE EMPREENDEDOR " Antonio Mattos Azeredo foi um empresário proprietário de muitos cinemas de Curitiba, desde o cinema mudo, e boa parte do sonoro, em várias salas de exibição da cidade. Vamos encontrá-lo no ano de 1924 possuindo, por arrendamento, o Palácio Theatro e o Mignon Theatre e, mais tarde, o Cine Popular. Consta no livro Diário da Cia. Cine Theatral Paraná, documento registrado na Junta Co­­­­mer­­­­cial do Paraná em 6 de outubro de 1924, contendo anotações da dita companhia por mais de dez anos, até 30/11/1934. Seus apontamentos nos in­­­­­dicam que eram sócios da mesma, os senhores: Annibal Requião, Joaquim Sampaio, Francisco Fido Fontana, Ângelo Casagrande e Antonio Mattos Azeredo, sendo que este último detinha 55% das ações. Consta no referido livro, que o Palácio Theatro pertencia a João Moreira Garcez, de quem Mattos Azeredo arrendou por um conto e 600 mil réis por mês. Era um barracão de madeira e que o próprio Azeredo foi-lhe anexando melhorias du­­­­­rante os anos que o explorou. Quan­­­do foi construído o Edifício Garcez, no início de 1930, o am­­­­biente do cinema já era todo de al­­­­­­­­ve­­­naria, o público chegava até ele transitando por extenso corredor no andar térreo do edifício, com entrada pela Avenida Luiz Xavier. O Cine Mignon, que ficava na Rua XV de Novembro após a es­­­­­quina da Rua Marechal Floriano, pertencia a Joaquim Taborda Ri­­­­bas, tendo Mattos Azeredo sublocado parte do imóvel. Alem destes três cinemas, a Cine Theatral Paraná mantinha exibições em três salões da sociedade alemã de Curitiba, no Teuto Brasileiro, no Andewerger e no Theatro Hauer, pagando um aluguel mensal de cem mil réis para cada um. Antonio Mattos Azeredo chegou a explorar o Cine Glória, na Avenida Luiz Xavier, e o Cine Imperial, na Rua XV. Azeredo teve ainda sob a sua direção o Cine Avenida, que era propriedade de Feres Merhy. Isto aconteceu com a saída do primeiro arrendatário, José Muzillo. A vida de Mattos Azeredo no meio cinematográfico de Curitiba foi cercada de altos e baixos em termos do controle de suas finanças. No auge da fortuna construiu luxuosa mansão na Alameda D. Pedro II, no Batel. Ao morrer já não era mais o empresário abastado. Sua morada foi destinada à sede do Auto­­móvel Clube, sendo, posteriormente, ali instalado o Colégio Sion, que ocupa a propriedade até hoje." (Texto adaptado de gazetadopovo.com.br / Fotos: Acervo Gazeta do Povo) Paulo Grani.




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