AS LENDÁRIAS FOTOGRAFIAS DOS WEISS Augusto Weiss nasceu na Áustria e chegou ao Brasil em 1890 com seu irmão José Weiss. Aprendeu o ofício com A. Volk, destacado fotógrafo do século 19, na cidade de Curitiba. Inicialmente em sociedade com seu irmão, e depois com seu filho Alberto, montou a Foto Progresso, localizada na Rua São Francisco. Posteriormente, os irmãos tomaram rumos diferentes, seguindo carreiras solo. O acervo do fotógrafo Augusto Weiss, produzido no período entre 1890 a 1950, perfaz um dos conjuntos mais ricos da fotografia paranaense, pelo registro de inúmeros aspectos da sociedade da época. O acervo estava prestes a se perder quando Na primeira década de 2000, o fotógrafo Orlando Azevedo localizou o acervo de fotos de Augusto que estava se destruindo pela ação do tempo. Rapidamente, adquiriu-o e resgatou quase 3 mil chapas de vidro originais, em diversos formatos, entre retratos em estúdio, residências e localidades rurais. Este é sem dúvida o mais importante e antigo acervo fotográfico do sul do Brasil, pois a maioria se perdeu em razão da não valorização histórica da identidade de um estado e país. Relevantes aspectos da sociedade, cultura e paisagens foram registrados, em especial a colonização de imigrantes italianos, poloneses e ucranianos no Brasil, com novas vilas e povoações na paisagem de mata negra de araucárias que, infelizmente, não existem mais. Casamentos, ritos e retratos também foram uma constante em sua obra, de extrema qualidade técnica perante seu rigor profissional, que o fazia a viajar duas vezes ao ano para comprar chapas de vidro e químicos na Alemanha. Naquela época, levava-se quatro dias de carroça até Paranaguá para, então, embarcar em um navio. Seu filho Alberto Weiss prosseguiu com o ofício no Foto Moderno, na Rua Marechal Deodoro, numa casa que existe até os dias de hoje em frente à agência dos Correios. (Texto extraído da Gazeta do Povo / Fotos: paulodafigaro.blogspot.com) Paulo Grani








 

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